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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Petrobrás vende gasolina por um preço 44% mais alto que a média nos outros países

 Na contramão das principais empresas petrolíferas do mundo, a Petrobrás deve divulgar em breve o aumento em seus lucros no ano de 2009. Enquanto as outras empresas viram seus lucros se reduzirem a mais da metade no ano, especula-se que os lucros da estatal brasileira tenham ficado entre R$ 7,4 e R$ 7,5 bilhões só no último trimestre do ano passado, segundo o Centro Brasileira de Infraestrutura (CBIE). Com isso, a empresa se torna a quarta maior no ramo de energia.

Tal resultado, porém, não é fruto do aumento da demanda, nem tampouco da administração da Petrobrás. O motivo de a estatal lucrar tanto enquanto as outras grandes empresas do setor minguam são os altos preços cobrados pela Petrobrás sobre a gasolina no mercado brasileiro. Em 2009, a gasolina vendida no Brasil estava 44% mais cara que o preço médio internacional. Uma das mais caras do mundo. Já o diesel foi vendido 33% mais caro que o seu preço lá fora.

Segundo matéria publicada pela Folha de S. Paulo em janeiro, o preço do litro da gasolina no Brasil está muito distante dos outros países. Enquanto aqui se paga, em média, R$ 2,59, na Argentina, por exemplo, gasta-se R$ 1,53. No México, esse preço é o equivalente a R$ 1,10. Tirando a Europa, onde alguns países contam com a gasolina mais cara, só o preço no Japão se aproxima ao brasileiro. Lá, o litro da gasolina custa R$ 2,57.
De acordo com o CBIE, a diferença do preço cobrado pelo combustível no Brasil teria garantido à Petrobrás algo como R$ 12 bilhões. A empresa alega que a diferença de preço seria uma forma de compensar o “prejuízo” tido pela estatal durante 2005 e 2008, anos em que os preços no Brasil teriam sido menores que no mercado internacional. Em 2009, porém, enquanto o valor do barril de petróleo baixava nos outros países, a empresa manteve os mesmos preços. Isso não só compensou as “perdas” dos anos anteriores, como gerou um caixa de R$ 2 bilhões, que foram para o caixa da estatal.

E ainda dizem que a Petrobrás é nossa! Será que é nossa ou dos Argentinos?

Um comentário:

  1. Parabéns pelo post, e lhe digo não consigo entender o por que, mas é um fato mesmo, boa a sua abordagem...

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